segunda-feira, 7 de julho de 2008

As mulheres nas religiões


No painel dedicado as mulheres nas religiões várias estudos, referentes as religiãos Baptista, Católica e Muçulmanas, fomentaram o debate sobre o feminino e a fé.

Para a investigadora Shahd Wadi existe uma ideia generalizada sobre as mulheres muçulmanas, sendo necessário mostrar outras versões. Apesar de afirmar que nenhuma parte do Corão define como necessidade o uso do véu, a investigadora acredita que existe muitas diferenças na percepção deste costume. Assim se o véu das mulheres muçulmanas é associado à opressão, outros como o véu das freiras é visto como símbolo de pureza. Actualmente, mais do que uma ligação à fé, o regresso ao véu dá-se como forma de reafirmar a sua identidade.

Shahd Wadi acredita que existe muitas ideias erradas sobre o conteúdo do Corão, assim como acontece com o uso do véu. Da mesma forma nada afirma no livro sagrado a necessidade da mutilação genital e a poligamia é vista como excepção e não como regra.

Para Alcilene Cavalcante quando se fala de feminismo e religiões estamos a falar de política. Ao longo da sua pesquisa constatou que o Vaticano contribui a uma determinada difusão de conceito de género, (entre eles documentos como Família, matrimonial e união de facto, Carta ao Bispo sobre a participação da Mulher e do Homem na difusão da Igreja, Carta à família …). Textos esses que contribuem para a acentuação do papel da mulher como mãe, “ valores fundamentais da Mulher: capacidade para o outro”, configurando assim a função da mulher o cuidar do outro.
Texto de Opinião de Anselmo Borges sobre o Congresso onde foi comentador do painel

Prostituição como direito ao corpo ou violação do corpo?



A prostituição permanece um tema em grande discussão, entra as posições regulamentarista e abolucionistas as opiniões divergem. O painel Tráfico Humano e Prostituição não foi excepção causando debate entre palestrantes e participantes.

A investigadora Madalena Duarte que explicou o seu estudo sobre o tráfico sexual de mulheres referiu várias posições sobre a prostituição. Assim para as feministas abolucionistas “ a prostituição é sempre uma forma de exploração sexual e uma violência contra as mulheres”, sendo a sua principal causa apontada a pobreza.

De opinião diferente está o Movimento das Trabalhadoras do Sexo, nesta perspectiva a prostituição já não é vista como uma actividade essencialmente degradante ou de opressão mas “ uma actividade que se inscreve no direito das mulheres disporem do seu corpo”.

A regulamentação seria uma forma de combater o tráfico, e permitiria melhorar as condições das prostitutas, conferindo-lhe nomeadamente direitos que tem todas os trabalhadores. Inês Fontinha, membro da associação O Ninho, acredita que ao regulamentar a prostituição “ concede-se ao homem o poder legitimo de comprar sexo”. A compra do corpo de uma mulher transforma a prostituição “num mal necessário”.

De todas as partes mulheres são recrutadas, aliciadas e traficadas para as redes de prostituição, o que acredita ser “ a pior forma de escravatura”. “A droga é consumida, agora a mulher pode ser “utilizada” durante muitos anos”, explica Inês Fontinha.

" Fracturante é a Discriminação"

São homens e mulheres, jovens e adultos, que lutam pela mesma causa – a não-discriminação dos homossexuais. São activistas que clamam o direito ao casamento e à adopção, entre outras reivindicações. A resignação dos participantes levou à mobilização de centenas de cidadãos, que participaram na nona Marcha do Orgulho LGBT na Praça do Comércio, em Lisboa.

Unidos pelas mesmas razões, foi num ambiente repleto de pessoas, música, dança, carros alegóricos e balões coloridos que os homossexuais se pronunciaram e discursaram sobre as suas condições. A Marcha LGBT não luta pela aceitação, mas de respeito para com todos os cidadãos.

Debatido igualmente no Congresso Feminista 2008, os participantes do evento juntaram-se à Marcha LGBT, provando que a discriminação paira em todas as dimensões da sociedade.

O Dia do Orgulho Gay nasceu no bar Stonewall-Inn, em Nova York, em 1969, devido ao confronto entre homossexuais e travestis contra as autoridades americanas. O conflito, que durou dois dias, levou ao encarceramento de 13 presos. Do 28 de Junho nasceu a bandeira ‘arco-íris’.

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Marcha LGBT 2008

http://www.marchalgbt2008.blogspot.com/

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