segunda-feira, 7 de julho de 2008

Prostituição como direito ao corpo ou violação do corpo?



A prostituição permanece um tema em grande discussão, entra as posições regulamentarista e abolucionistas as opiniões divergem. O painel Tráfico Humano e Prostituição não foi excepção causando debate entre palestrantes e participantes.

A investigadora Madalena Duarte que explicou o seu estudo sobre o tráfico sexual de mulheres referiu várias posições sobre a prostituição. Assim para as feministas abolucionistas “ a prostituição é sempre uma forma de exploração sexual e uma violência contra as mulheres”, sendo a sua principal causa apontada a pobreza.

De opinião diferente está o Movimento das Trabalhadoras do Sexo, nesta perspectiva a prostituição já não é vista como uma actividade essencialmente degradante ou de opressão mas “ uma actividade que se inscreve no direito das mulheres disporem do seu corpo”.

A regulamentação seria uma forma de combater o tráfico, e permitiria melhorar as condições das prostitutas, conferindo-lhe nomeadamente direitos que tem todas os trabalhadores. Inês Fontinha, membro da associação O Ninho, acredita que ao regulamentar a prostituição “ concede-se ao homem o poder legitimo de comprar sexo”. A compra do corpo de uma mulher transforma a prostituição “num mal necessário”.

De todas as partes mulheres são recrutadas, aliciadas e traficadas para as redes de prostituição, o que acredita ser “ a pior forma de escravatura”. “A droga é consumida, agora a mulher pode ser “utilizada” durante muitos anos”, explica Inês Fontinha.

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